De Piegas Lixado a 26.12.2017 às 13:02
No ano passado, o Presidente da República fez uma promulgação relâmpago para assegurar a estabilidade interna do país, mas apontou quatro recados sobre os desafios para 2017. O 1* foi o facto de a execução orçamental de 2016 “apontar para um valor aceite pela Comissão Europeia” (águas passadas). O 2* foi que o défice previsto pelo Orçamento do Estado de 2016, “ele próprio apontar também para um valor aceite pela Comissão Europeia”, tanto este ponto como o anterior "traduziam uma preocupação de rigor financeiro”(águas passadas). O 3* "a importância da estabilidade financeira e política para a consolidação do sistema bancário" (águas passadas). O 4* dizia; "ser um ano complexo e repleto de incertezas que se avizinhava no exterior, tanto na Europa como no mundo" (águas ultrapassadas). Agora o Presidente da República já promulgou o Orçamento do Estado para 2018 e, se no ano passado, Marcelo quis uma promulgação rápida, para este ano aponta outros quatro avisos. 1* "apesar do panorama positivo na economia europeia e mundial, a sua evolução em 2018 pode não ser tão favorável como em 2017" (águas por ultrapassar). 2* "a existência de duas eleições em 2019 não pode, nem deve, significar cedência a eleitoralismos, que, além do mais, acabem por alimentar surtos sociais inorgânicos, depois difíceis de enquadrar e satisfazer" (águas por ultrapassar). 3* "o debate em torno das despesas de funcionamento do estado não pode deixar de atender à igualdade de situações, sensatez orçamental e liberdade de escolha nas eleições parlamentares que definirão o governo na próxima legislatura, em domínio em que não é aconselhável haver mudanças todos os quatro anos" (águas por ultrapassar). 4* "a necessidade de garantir duradouramente crescimento e emprego, e redução das desigualdades sociais, deve apontar para o papel crucial do investimento interno e externo, que o mesmo é dizer para o incentivo ao determinante tecido empresarial, em particular, às micro, pequenas e médias empresas, assim como para a prudência do sistema financeiro, nomeadamente quanto ao crédito imobiliário e ao consumo” (águas por ultrapassar). Com tanta braçada que tem para dar, Marcelo tinha dito que já viu “praticamente tudo” em relação ao conteúdo do orçamento do estado para 2018. Anteriormente, o Chefe de estado referiu que queria que o próximo ano fosse “descontaminado” do “clima eleitoral” de 2019. Até lá o nadador de fundo não pode parar, pois no meu entender, o nadador farta-se de nadar enquanto a "tecnocracia da direita" tenda em nadar em água turvas pensando só no partido e na sua liderança inexistente, o resto é peixe pró gato com Santana e Rio a disputarem o melhor sítio para nadar e pescar(.) Valha-nos a misericórdia do povo enquanto a santa casa não virar banqueira dos capitalistas, por parece que só se lembram dos pobres quando é natal(.) Boas festas para ti também...