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Duelo desigual

por Henrique Monteiro, em 07.01.15

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Não obstante a tragédia e o terror que nasce da intolerância, é reconfortante saber que o humor é uma arma profundamente eficaz contra aqueles que a promovem.  Ele persistirá triunfante muito para além do todos os males que nos tolhem a liberdade. Não há força que o elimine nem doutrina que o amordace. É uma luta sem vitória.

 

Para os colegas que sucumbiram no exercício desse bem precioso a certeza de que o lápis continuará afiado e o papel continuará branco e apetecível.

 

Henrique Monteiro

 

 

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50 comentários

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De José a 14.01.2015 às 16:13

Leu mesmo o livro? É que chamar de "ultrapassado" ao Gibbons, seria verdadeiro, agora "básico e limitado", cheira-me a resumo... Que aliás é o que se vende nas livrarias, visto que a obra completa não é publicada há já bastante tempo, nem em inglês, nem em português.
Não, não extraí esta informação toda desse livro (nem por lá perto). Mas se calhar quer que refira outro livrinho, esse muito menos interessante, um bocadinho efabulístico, mas certamente já mais do seu agrado, visto que não critica os cristãos, chama-se "Decadência Romana ou Antiguidade Tardia?" do Marrou. Mas aquilo não é comprovado pelas evidências arqueológicas, como demonstrou o Ward-Perkins...
Também é interessante constatar que são os labregos dos pagãos que desenvolvem áreas como o direito, a matemática, a geografia, a história, a filosofia... Resumindo, foram os labregos que desenvolveram tudo o que permitiu a sociedade moderna e depois a contemporânea. Mais engraçado ainda, foram os labregos que criaram o império que depois os cristãos, quando ele estava a cair, disseram que era o fim do mundo se caísse (vede S. Jerónimo e St. Agostinho, embora este último a tentar apaziguar os ânimos).
E já agora, se os judeus já usavam esse termo antes, então eles não eram linguisticamente muito inteligentes, é que chamar de campónios às elites urbanas do império... Eu realmente compreendo por que motivo de vez em quando havia uma ou outra perseguição aos judeus (e aos cristãos), a ofender assim a autoridade... Para essa afirmação quero provas. Vai-me desculpar mas em muitos anos de carreira nesta área nunca ouvi falar dessa, pelo menos entre os autores aceites geralmente...

PS: Passei ao lado do interesse da citação.
PPS: Se realemente leu a obra completa do Gibbons, peço-lhe perdão e ainda gostava que me informasse onde é possível comprá-la.

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