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Duelo desigual

por Henrique Monteiro, em 07.01.15

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Não obstante a tragédia e o terror que nasce da intolerância, é reconfortante saber que o humor é uma arma profundamente eficaz contra aqueles que a promovem.  Ele persistirá triunfante muito para além do todos os males que nos tolhem a liberdade. Não há força que o elimine nem doutrina que o amordace. É uma luta sem vitória.

 

Para os colegas que sucumbiram no exercício desse bem precioso a certeza de que o lápis continuará afiado e o papel continuará branco e apetecível.

 

Henrique Monteiro

 

 

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Anos de Cartoons



50 comentários

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De Rui Martins a 08.01.2015 às 11:26

É nisto que dá brincar com o fogo...sou sincero, uma piada só tem piada uma vez, e acabou.
Não me venham com a Liberdade de Expressão, essa é uma frase que não cola, porque a própria Liberdade tem limites, especialmente quando a minha liberdade interfere ou choca com a Liberadade alheia.
Estes senhores " Jornalstas/Cartonistas" abusaram dessa Liberdade, sabendo eles das reacções do passado. Dois deles Cartonistas "Famosos" ou "Talentosos" como o Walinski já com 81 anos e outro com "setentas e picos", já era para terem Juízo e mais responsabilidade, até porque diz-se que com a idade vamos ganhando "Calos"...parece que nem todos. Infelizmente aconteceu o que se calhar até eles previam. O pior foram os danos colaterais, e desses tenho pena e pesar, pois apenas compriam serviço de proteger e foram apanhados na teia da aranha...aos dois Polícias e às respectivas famílias as minhas mais respeitosas Condolências.
Tudo isto não passou de uma Vendetta.
Por vezes pela boca morre o peixe, neste caso foram pelos "cartoons".
Quanto à queles que criticam as relegiões, criticam-nas porque estão mal informados. E deveriam pensar que a sociedade Ocidental actual, é como é, devido ao CRISTIANISMO. Caso contrário era-mos um bando de labregos e pagãos sem educação.
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De AP a 08.01.2015 às 12:27

Nem mais.

A maior parte das vezes as massas deixam-se iludir sem pensar e sem a humildade de admitir que ninguém conhece toda a verdade.
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De Eph a 09.01.2015 às 01:52

Quem és tu para ajuizar se uma piada tem piada, ou se tem piada uma vez, duas ou mil?
Mas quem és tu para dizer que uma pessoa de 81 anos não tem juízo porque faz cartoons? Porque se expressa, utilizando a sua liberdade? Aquele senhor, com 81 anos, era mais jovem do que tu alguma vez foste ou irás ser.

A Liberdade de Expressão não se submete a dogmas religiosos. Não na nossa civilização, isso funciona assim é na sharia, do Estado Islâmico. Ou há umas centenas de anos aqui também, mas felizmente conseguimos correr com a religião cristã para onde ela deve estar: dentro da Igreja.

Você, ao lamentar apenas e só a morte dos polícias, é uma merda de Homem. E não há religião que o salve.

Henrique Monteiro, custa-me imenso que tenha de ler comentários como alguns que estão aqui no blog. Resta-nos a convicção de que não são uma maioria, como se pode constatar por essa Internet fora, apesar de pelos vistos uns quantos terem sido atraídos até ao seu blog, por alguma razão.
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De jpeg a 09.01.2015 às 08:23

por acaso leste o que escreveste?
Liberdade implica responsabilidade, quanto aos limites... tens os limites de educação, morais e religiosos.
Ninguém gostou de ver a publicidade da PEPSI sobre o Cristiano Ronaldo, e é um futebolista. Sabes quanto a PEPSI perdeu??
agora imagina o efeito de uma caricatura a igreja católica para as pessoas de mais idade...
agora pensa no efeitos....
estamos a falar de saber respeitar o que nada a ver tem a ver com liberdade mas abuso de liberdade. Mas para saber respeitar temos de ter respeito. Tu tens?
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De Anónimo a 09.01.2015 às 17:23

Mas quais limites religiosos? Esta merda não é sharia. Blasfémia não é crime, é um direito! A Inquisição está morta!

Era o que faltava agora também não se poder caricaturar a Igreja Católica, por causa do que um idoso qualquer possa pensar. Esse NÃO é um limite à liberdade de expressão. Passe os olhos pela nossa Constituição, a ver se aprende qq coisinha.
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De José a 11.01.2015 às 16:32

Pagãos sem educação? Apesar de existirem algumas obras interessantes por parte de autores cristãos na Antiguidade Tardia, é mais que evidente que os autores pagãos, muitos deles citados pelos cristãos posteriores, tinham muito mais qualidade.
Aliás, o termo pagão é um termo recente que começa a ser vulgarizado quando o cristianismo se tinha difundido na população maioritariamente pobre das cidades e junto de algumas famílias de bispos. De resto, os não-cristãos, tinham-se refugiado no campo (em latim, pagus).
Esses não-cristãos eram as famílias ricas e educadas de senadores do Império Romano, que não se tinham tornado bispos num estratagema criado por Constantino para escaparem aos impostos (as elites estavam responsabilizados pela cobrança de impostos, exceto aqueles que se tornassem bispos das suas cidades).
Aliás, são esses cristãos que se "contrapõem aos labregos e pagãos sem educação" que destroem complexos "pagãos" como a Biblioteca de Alexandria, bem como outras infraestruturas de conhecimento. Aliás, mesmo a preservação de obras de autores clássicos (Aristóteles, Platão, Cícero...) é feita através do mundo islâmico, chegando à Europa através de Toledo (muçulmana) e sul de Itália (muçulmano).
Tem a certeza que não quer reformular essa afirmação sobre o paganismo? É que os autores cristãos afirmam-se no momento de declínio e queda do Império Romano. Aliás, recomendo-lhe mesmo que leia aquela obra do Edward Gibbon que se chama "History of the Decline and Fall of the Roman Empire", bem como outra obra que ele tem sobre o cristianismo e a queda do Império Romano. Fazia-lhe bem, para não ter uma visão tão preto e branco da História...
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De Rui Martins a 11.01.2015 às 17:55

Sim...o livro que você leu e de onde extraiu toda essa informação...meu caro também já o li e é muito básico e limitado.

Tomé no seu Evangelho ( Gnóstico / Apócrifo) Gnóstico / Gnose / Conhecimento, na citação 2, diz o seguinte
" Aquele que procura, não cesse de procurar até quando encontrar, e quando encontrar ficará perturbado; e ao perturbar-se, ficará maravilhado e reinará sobre o Todo".

Isto é aplicável inclusive ao conhecimento intelectual.

E de referir que o termo pagão, era já utilizado pelos Judeus, antes mesmo do aparecimento do movimento Cristão, ou melhor Judaico-Cristão.

Para si deixo-lhe com um nome Jacob Slavenburg.

De resto fique com a seu Pseudo - conhecimento intelectual, que eu fico com o meu.


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De José a 14.01.2015 às 16:13

Leu mesmo o livro? É que chamar de "ultrapassado" ao Gibbons, seria verdadeiro, agora "básico e limitado", cheira-me a resumo... Que aliás é o que se vende nas livrarias, visto que a obra completa não é publicada há já bastante tempo, nem em inglês, nem em português.
Não, não extraí esta informação toda desse livro (nem por lá perto). Mas se calhar quer que refira outro livrinho, esse muito menos interessante, um bocadinho efabulístico, mas certamente já mais do seu agrado, visto que não critica os cristãos, chama-se "Decadência Romana ou Antiguidade Tardia?" do Marrou. Mas aquilo não é comprovado pelas evidências arqueológicas, como demonstrou o Ward-Perkins...
Também é interessante constatar que são os labregos dos pagãos que desenvolvem áreas como o direito, a matemática, a geografia, a história, a filosofia... Resumindo, foram os labregos que desenvolveram tudo o que permitiu a sociedade moderna e depois a contemporânea. Mais engraçado ainda, foram os labregos que criaram o império que depois os cristãos, quando ele estava a cair, disseram que era o fim do mundo se caísse (vede S. Jerónimo e St. Agostinho, embora este último a tentar apaziguar os ânimos).
E já agora, se os judeus já usavam esse termo antes, então eles não eram linguisticamente muito inteligentes, é que chamar de campónios às elites urbanas do império... Eu realmente compreendo por que motivo de vez em quando havia uma ou outra perseguição aos judeus (e aos cristãos), a ofender assim a autoridade... Para essa afirmação quero provas. Vai-me desculpar mas em muitos anos de carreira nesta área nunca ouvi falar dessa, pelo menos entre os autores aceites geralmente...

PS: Passei ao lado do interesse da citação.
PPS: Se realemente leu a obra completa do Gibbons, peço-lhe perdão e ainda gostava que me informasse onde é possível comprá-la.

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