De Adoro graça a 17.11.2017 às 19:16
Angola tem sido, ao longo dos anos, um mercado de forte aposta das empresas portuguesas, embora a tendência por investir no país tenha vindo a esmorecer nos últimos anos. Mesmo assim, o stock de investimento nacional em Angola era no final do primeiro semestre de 2017 de 3679,5 milhões de euros. Os serviços, com destaque especial para a banca e os seguros, e a construção continuam a ser os setores de principal aposta, bem como as indústrias transformadoras, embora estas representem ainda um peso muito diminuto. Estima-se que haja 100 a 150 mil portugueses a trabalhar em Angola, sendo este o 8.º maior cliente da economia nacional: entre janeiro e agosto, as exportações portuguesas de bens para o país totalizaram 1189,4 milhões de euros, um aumento de 44,4% face a igual período de 2016. Com os serviços, o valor sobre para 1837,3 milhões. Café, papel, óleos, enchidos, móveis e vinhos são os principais produtos vendidos para Angola. A Caixa Geral de Depósitos, o Millennium BCP e o BIC são alguns dos bancos presentes em Angola. O BPI vendeu, este ano, a sua posição no BFA, por imposição do BCE. A Galp é outro dos investidores históricos, dispondo atualmente de “cinco projetos sancionados no país e seis licenças de exploração com as mais prestigiosas empresas do setor petrolífero a nível mundial”. Águas de Portugal Internacional, Cosec – Companhia de Seguros de Crédito ou o grupo Rangel apostam também em Angola, bem como as principais construtoras, casos da Mota-Engil, Zagope, Soares da Costa, Casais ou Teixeira Duarte, entre outras. Em termos industriais, a Sumol+Compal inaugurou neste ano uma fábrica no país, num investimento de 47 milhões de euros. A Central de Cervejas está a produzir Sagres em Angola, graças ao acordo estabelecido com a Sodiba – Sociedade de Distribuição de Bebidas de Angola Limitada, de Isabel dos Santos. O país, que em 2013 era o 6.º maior fornecedor de Portugal, caiu no ano passado para 12.º e neste ano para 39.º. Portugal importou entre janeiro e agosto apenas 230,6 milhões de euros de bens e serviços (118 milhões se considerarmos só os bens), uma quebra de 63,2% face a igual período de 2016. Os combustíveis minerais são o principal. (sit-recordar)