Foi propositado tal como todos os outros erros para mostrar o ridículo que é defender a imutabilidade da língua portuguesa que mais não é do que uma versão atualizada dos grunhidos originais dos australopitecos depois de ter passado por muitos acordos ortográficos na história mas aos quais chamamos outros nomes: latim vulgar -> galego-português (galego arcaico) -> português.
De cada vez que há um isolamento de um povo uma nova língua nasce ao fim de alguns anos.
Já uma sociedade global e aberta promove a adoção de estrangeirismos e facilita o entendimento.
Eu considero que o que já existe faz parte da cultura de cada povo e deve ser preservado quanto mais não seja para memória futura, mas também defendo que já não faz sentido defender o isolamento e incentivar a diferenciação cada vez maior dos dialetos que resultará inevitavelmente em novas línguas completamente distinguíveis.
Ou seja por uma questão cultural deve-se preservar catalão, mirandês, castelhano, galego, português, brasileiro, etc e por uma questão estratégica económica e social para evitar o isolamento ainda maior desta praia à beira mar plantada com insignificantes 10.7 milhões devemos impedir que no futuro se torne impossível que um português não perceba um angolano, este não perceba um brasileiro e este último não perceba um português.
Mas este é apenas o ponto de vista de um eu com mente aberta e com uma visão de um mundo globalizado.
E pessoas como eu sempre em toda a história foram criticadas pelos velhos do restelo...
(PS: se repararem eu já adotei um outro acordo ortográfico de José Saramago pois também eu detesto o uso de pontos e vírgulas inúteis que interrompem a fluidez do texto e por conseguinte do pensamento e se no futuro muitos aderirem tornar-se-á oficial)