De NUK a 26.04.2010 às 11:26
Joseph Wallenstein,
Todos os Papas são culpados de todo aquilo de bom que não fizeram e uma das coisas que também me mete muito nojo, é a Bíblia dizer que não se deve levar uma vida materialista , quando isto não se passa nem no Vaticano nem em nenhuma outra igreja católica. Será que este é um dos pontos que devemos especialmente interpretar de modo não literal?! Já alguma vez pensaste no balúrdio de dinheiro que não é gasto há séculos só para manter aquela "mansão" apelidada de "Basílica de São Pedro"? Se reparares aquilo está sempre muito bem arranjado, limpo e as pessoas que lá vivem não passam fome nem têm falta de vestuário que é do mais cuidado e "novo" que se vê. Aliás, Ratzinger até faz questão de usar sapatinhos da Prada... Aonde é que está a humildade e a simplicidade nisto? Não está, é simples.
A Igreja é uma empresa como qualquer outra... precisa de dinheiro e vende a religião e a fé que são produtos ainda com muita procura.
De Joseph Wallenstein a 28.04.2010 às 22:20
Eh, eh! Comparar a uma empresa...
Já agora, as dádivas benévolas vão para onde? Apenas uma ínfima parte vão para lá, a esmagadora maioria vai para as obras de caridade, para o apoio aos pobres e necessitados - essa é a verdade, não apenas a suposta verdade que passa.
Mas tens razão numa coisa: falta humildade e simplicidade na vida e nos actos de muitos dos representantes da igreja, sejam Padres ou o próprio Papa - se bem que aqui como representante também ele de um estado, tem que se descontar esse pormenor. Mas é verdade que não seguem e deviam seguir os exemplos de simplicidade e humildade de Jesus Cristo.
Também aqui uma palavra relativa aqueles, que são muitos e muitos milhares de Padres que sofrem na pele pelo esforço e pela dedicação pelos que sofrem de uma forma ou de outra; esses são os verdadeiros seguidores de Cristo - mas esses não fazem parte das notícias...e são bem mais do que se pensa.
A crise de vocação sacerdotal nota-se para a colocação de Padres nas freguesias, mas na vocação sacerdotal para o serviço para o outro não é isso que se vê; há muitos a seguirem a via religiosa mas para irem para África, Ásia e América Latina, locais onde se sentem verdadeiramente na pele de seguidores de uma doutrina voltada para os outros, longe do materialismo que grassa nas sociedades ocidentais - é um trabalho humanitário do mais elevado nível mas pouco propenso a publicidade - nem eles querem isso.
Bem hajam