Não está em questão a bagagem cultural e jornalística do Henrique Monteiro para «caricaturar», «caricaturizar» de forma cáustica as ocorrências desportivas, sociais, politicas, etc. Embora eu admire este fazedor de cartoonista, porque se perde de amores por uma arte assente na lógica do conflito, proxémica, de provocação… este não é o caso. Este cartoon não é mimesis, nem transfiguração, mas sim deformação da realidade, isto é, um espaço de ilusão. Nenhum portista, por mais nietzschiniano que seja, aceita esta representação do que se passou no Dragão. Os meus parabéns ao Jorge Costa e ao Olhanense. Foi bom matar saudades daquele olhar de quem se perde no infinito mar…
PS: Adopto «caricaturizar», contra conselho da Porto Editora, porque sou Ibérica.